"Se o mundo vos odeia, sabei que, primeiro do que a vós outros, me odiou a mim." – Jo 15.18
Por Paulo Siqueira, do blog As Pedras Clamam
Nessas últimas semanas estivemos bastante ocupados. Semana passada estivemos em Belo Horizonte, envolvidos com o protesto na Marcha para Jesus daquela cidade. Foi uma aventura e tanto, super emocionante ver paulistas, mineiros e cariocas envolvidos na luta pelo Evangelho de Cristo.
Foi maravilhoso ver que o que nasceu na sala de minha casa, de forma simples e humilde, e até com certo temor, tomou a dimensão atual. A grande preocupação de todos os protestos e de todas as ações do Movimento pela Ética é a renovação da Igreja e também o enfrentamento da modernidade, que tem transformado de foram desenfreada os verdadeiros valores da Igreja, pois a Igreja não é um fim em si mesma, estando a serviço do Reino de Deus, da evangelização, do anúncio das boas-novas de Jesus Cristo.
Muitos líderes precisam rever seus conceitos sobre a missão da Igreja, pois ela sempre deve se remeter a Jesus. Em épocas de crise, como a que vivemos, onde a identidade da Igreja está perdida, se faz necessário seguir fielmente o caminho percorrido por Cristo e seus verdadeiros apóstolos, para que a Igreja possa superar os graves impasses que hoje se defrontam. Não é uma tarefa fácil.
Uma das graves deficiências da Igreja nos dias de hoje é a apresentação precária de Jesus Cristo e das boas-novas, pois muitas denominações deturpam essa revelação, apresentando um evangelho não anunciado e não vivido pelo Cristo. O que vemos nas marchas é um povo “com fome crônica” do verdadeiro Evangelho. O que vemos é um povo mal-alimentado com leite ralo, é um povo subnutrido em relação ao alimento da Palavra de Deus.
Por isso, a música em alto volume, os ritmos antes criticados e agora praticados (escola de samba, axé, etc), toda a emoção despertada por gritos de guerra, são partes de todos os ritos da religiosidade da nossa gente, frutos das miscigenações e de todas as influências das demais religiões. Porém, nada disso é suficiente para matar a fome, nem para saciar a sede da Palavra Viva de Deus.
Eu me pergunto: até quando veremos pessoas marchando pelas emoções, pelas festas, pelos políticos, por seus líderes, sem a mínima consciência do que é realmente marchar por Cristo.
Vejo hoje que a Marcha para Jesus se apresenta incapaz de tocar o coração das pessoas e, portanto, de impulsionar uma transformação verdadeira em uma nação. Muitos dos atos nada toca na corrupção do nosso país, na fome e na dor de muitos espalhados Brasil afora.
Que Deus temos anunciado? Um deus desprovido de misericórdia, de solidariedade, que não produz fé pois vem separado da vivência cotidiana, e desvinculado da história. Um deus longe da Bíblia, que não se relaciona com o ser humano. Um deus que, para muitos, não sabe conviver com as fraquezas e as debilidades de ser-humano.
Nós, do Movimento pela Ética, após muitas marchas chegamos a uma conclusão: se faz necessário um grande milagre para mudar a mente e o coração de muitos, pois o que temos aí afirmamos e repetimos, são propósitos humanos. Cristo é simplesmente a moeda de troca.
Com isso, partimos para novos caminhos. Muitos, a partir de agora, encontrarão pelo caminho os membros deste movimento, pois para uma mudança verdadeira no contexto evangélico brasileiro, se faz necessário “invadir culturalmente” este país com uma mensagem viva, e que interaja com o cotidiano de cada um.
É um grande desafio, porém queremos ser e fazer discípulos nesta nação, que está cansada de religiosidade, que está cansada de pagar as indulgências modernas na forma de meias, chapéus, chaves, fogueiras, óleos, e tantas outras coisas mais, que nada fazem para trazer paz e verdadeira transformação ao nosso país. Os números e as pesquisas estão aí. Busquem as pesquisas, há muitas dissertações, teses, trabalhos que revelam a verdadeira realidade deste país que se diz cristão.
Não temos por pretensão elaborar uma reflexão cristológica completa. Nossa proposta continua modesta, porém declaramos que somos inspirados pelo verdadeiro Evangelho, e nosso trabalho é prioritariamente a serviço daqueles que sofrem, para levá-los ao encontro do Cristo Vivo.
Por que me chamais Senhor, Senhor, e não fazeis o que vos mando? – Lucas 6.46
Aquilo era uma arca ou uma casinha de cachorro?
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Sabe Vera, estive pensando enquanto ia lendo o seu texto e os depoimentos do pessoal sobre a marcha de MG, e refletindo sobre a situação da igreja, descobri que existe uma falsa liberdade dentros das igrejas. Como é essa falsa liberdade? É igual a liberdade de imprensa do Brasil. Segue logo como é atualmente a liberdade no pais, lembrando que essa visão é da midia hegemonica, não da midia alternativa. Apesar de falar da falsa liberdade de imprensa, serve também para falsa liberdade que existe nas igrejas, graças a esse falso evangelho que elas pregam.
Liberdade de imprensa é:
chantagear políticos;
acusar sem provas;
espionar celebridades;
defender o cartel da informação;
fazer lobby em favor próprio no Congresso Nacional;
fazer escutas telefônicas ilegais;
inventar escutas telefônicas ilegais no Brasil;
extinguir o contraditório;
criar fichas falsas;
criar factóides para a oposição;
a oposição repercutir os factóides;
acusar os blogs democratas de “chapa branca”;
aceitar e barganhar anúncios do governo;
especular hipocritamente com a doença alheia;
testar hipóteses;
assumir – se como partido político de oposição;
denunciar a corrupção dos adversários;
fazer vistas grossas à corrupção dos amigos;
acusar Chávez, Fidel, Morales e Lula;
defender Obama, Berlusconi, Faiçal, FHC;
banalizar a violência;
disseminar o preconceito e o racismo;
vilipendiar, caluniar e fugir para Veneza;
inventar bolinhas de papel;
no Brasil, é para inglês ver;
na Inglaterra é para brasileiro aprender;
divulgar partes do “relatório” do terrorista norueguês;
ocultar o direito de resposta ao MST;
manipular a opinião pública;
só vale para o dono do jornal, do rádio e da televisão;
para quem paga mais;
apoiar as invasões americanas ao redor do mundo;
escamotear os genocídios no Iraque, no Afeganistão;
apoiar greve de fome de um único dissidente cubano;
jogar sujo contra governos esquerdistas;
acusar sem oferecer o direito de defesa;
que nem mãe: só a minha é que presta;
a liberdade de se criar novas máfias;
dar dicas sigilosas para concorrências públicas;
às vezes, se compra com 500 mil dólares;
aquela que só vale para os apaniguados;
ser arrogante com os pequenos;
bajular os grandes;
difamar celebridades vivas;
enaltecê – las depois de mortas;
tal qual é defendida e praticada nos dias de hoje pelos setores mais conservadores da sociedade brasileira, é o apanágio dos ressentidos e a nova trincheira dos hipócritas.
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